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Dicas de Saúde
Tire suas dúvidas sobre a febre amarela

O recente surto de febre amarela em Minas Gerais despertou um grande interesse da população sobre como se prevenir dessa doença. Em quase todo o País tem crescido a procura pela vacina contra a febre amarela. Mas quem deve realmente se vacinar? Existem outros meios de proteção?

Respondemos a algumas das principais dúvidas sobre a febre amarela:

Como a febre amarela é transmitida?

O vírus causador da febre amarela é transmitido pela picada de mosquitos infectados. Esses mosquitos, por sua vez, contraem o vírus quando picam macacos ou pessoas infectadas. Quando a transmissão ocorre de primatas para humanos (através dos mosquitos Haemagogus e Sabethes), denomina-se febre amarela silvestre, enquanto que transmissões de um ser humano para outro (através do mosquito Aedes aegypti) é conhecida como febre amarela urbana, explica a dra. Maria Beatriz Souza Dias, infectologista e vice-diretora clínica do Hospital Sírio-Libanês.

É possível pegar febre amarela em centros urbanos?

A febre amarela urbana não é registrada no Brasil desde 1942. No entanto, como o vírus causador da doença também é transmitido por mosquitos com hábitos urbanos, como o Aedes aegypti (transmissor da dengue, do zika e da chikungunya), existe risco potencial de transmissão da febre amarela nas cidades. Para evitar que isso ocorra, as autoridades sanitárias estão incentivando a vacinação das pessoas que moram próximo às regiões de surto, ou que habitam ou viajam para áreas de risco.

Quem deve se vacinar contra a febre amarela?

Apesar do recente surto de febre amarela em Minas Gerais, o Ministério da Saúde informa que devem se imunizar contra essa doença apenas as pessoas que moram nas áreas de recomendação da vacina ou que viajam para essas localidades e que nunca se vacinaram ou estão com o esquema de vacinação incompleto. Veja abaixo os locais de risco no Brasil:

  • Todos estados do Norte e do Centro-Oeste.
  • Parte do Nordeste (Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste e extremo-sul da Bahia).
  • Parte do Sudeste (Minas Gerais, oeste e centro de São Paulo e norte do Espírito Santo).
  • Parte do Sul (oeste dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

No estado de São Paulo, temos a seguinte situação epidemiológica recente:

  • Em 2016 houve 2 casos, um adquirido em Ribeirão Preto e um em Bady Bassit, próximo a São José do Rio Preto: os dois pacientes faleceram.
  • Em 2017 houve 12 casos, 10 adquiridos em Minas Gerais e 2 no estado de São Paulo (Batatais e Américo Brasiliense): destes, 5 já faleceram.

Quem já se vacinou deve se vacinar novamente contra a febre amarela?

Segundo o Ministério da Saúde, o esquema de vacinação da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para crianças. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses de vida e aos quatro anos de idade. Para quem não tomou a vacina na infância, a orientação é de uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira. Com duas doses, a proteção está garantida para o resto da vida.

A vacina contra a febre amarela está disponível gratuitamente em diversas unidades públicas de saúde por todo o País. Entre em contato com a Secretaria de Saúde da sua cidade e veja o local de vacinação mais próximo de sua residência, se você está numa das áreas de risco.

Bebês e idosos podem receber a vacina contra a febre amarela?

A vacina contra a febre amarela é feita com um vírus atenuado, ou seja, um vírus vivo, porém fraco. Ele serve para ativar o sistema imunológico, criando assim uma resistência do organismo a esse tipo de infecção.

Por isso, crianças com menos de 6 meses de idade, cujo sistema imunológico ainda está em formação, não devem tomar a vacina. Para os idosos com mais de 60 anos de idade, a vacina não é aconselhada devido a seus efeitos colaterais que tendem a ser mais graves nessa faixa etária.

Quem não pode tomar a vacina contra a febre amarela:

  • Crianças com menos de 6 meses de idade.
  • Pacientes com imunodepressão de qualquer natureza.
  • Pacientes com neoplasia (câncer).
  • Pacientes infectados pelo HIV.
  • Pacientes em tratamento com fármacos imunossupressores (corticoides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores).
  • Pacientes submetidos a transplante de órgãos.
  • Gestantes.
  • Mulheres que estejam amamentando crianças com até 6 meses de idade. Caso tenham recebido a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso por 28 dias após a vacinação.

Quem está em um desses grupos, mas vive ou irá viajar para regiões de surto de febre amarela, deve conversar com um médico para avaliar o benefício e o risco da vacinação.

Quais os efeitos colaterais da vacina contra a febre amarela?

A vacina contra a febre amarela pode causar alguns efeitos colaterais, como mal-estar, fraqueza, febre, dor muscular e dor de cabeça intensa. Diante desses efeitos, um médico deverá ser procurado para receitar medicamentos que amenizem os sintomas. Em casos extremos, a vacinação pode levar ao óbito, mas trata-se de um evento muito raro, afirma a dra. Maria Beatriz.

Além da vacina, como posso me proteger da febre amarela?

A primeira providência é evitar viajar para as áreas onde estão acontecendo os surtos de febre amarela. Se não por possível, evite a aproximação de regiões de matas nessas áreas. A pessoa deve assegurar-se também que está adequadamente imunizada.

A prevenção da febre amarela envolve ainda o uso de repelentes e roupas que ajudam a evitar a picada de mosquitos, como calças e camisetas de mangas compridas. Eliminar os focos de criação do mosquitoAedes aegypti também é importante para prevenir a febre amarela, assim como dengue, zika e chikungunya.

A vacina contra a febre amarela protege contra a dengue?

Não. Apesar de o mosquito Aedes aegypti ser um possível transmissor da febre amarela e da dengue, a dra. Maria Beatriz explica que se tratam de infecções diferentes. Sendo assim, pessoas que já tiveram dengue também não se tornam imunes à febre a amarela e vice-versa.

Quais os sintomas da febre amarela?

Os sintomas iniciais da febre amarela, seja ela silvestre, seja urbana, demoram de três a seis dias para aparecerem após a picada. São eles:

  • Febre de início súbito.
  • Calafrios.
  • Dores de cabeça, nas costas e no corpo em geral.
  • Náuseas e vômitos.
  • Fadiga e fraqueza.
  • Icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos).
  • Sangramentos.

A maioria das pessoas melhora após esses sintomas, sem a necessidade de tratamentos específicos. Repouso, hidratação (mais de dois litros de líquido por dia) e uso de medicamentos antitérmicos que não contenham ácido acetilsalicílico podem ser benéficos para amenizar esses sintomas. Em cerca de 15% a 20% dos casos, porém, a febre amarela pode levar à morte.

Importante: informe ao serviço de saúde se você viajou nos 15 dias anteriores ao início de sintomas e leve sua carteira de vacinação.

O diagnóstico da febre amarela consiste em avaliações clínicas pelo médico e exames de sangue laboratoriais. Em particular, as enzimas hepáticas ficam muito alteradas. O diagnóstico específico é feito com sorologia e PCR. Nos casos mais graves, o tratamento da febre amarela pode exigir diálise etransfusão de sangue, e a taxa de óbito é maior do que 50%.

O Hospital Sírio-Libanês conta em seu corpo clínico com médicos infectologistas que podem diagnosticar e tratar a febre amarela. Se você estiver com algum possível sintoma relacionado à febre amarela, procure imediatamente nosso serviço de Pronto Atendimento.

Fonte: Dra. Maria Beatriz Souza Dias, infectologista no Hospital Sírio-Libanês

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